O caso das estudantes universitárias que debocharam da colega que tem mais de 40 anos colocou em destaque a questão do etarismo. Essa é uma situação recorrente no país.
O professor aposentado Vicente Faleiros, de 81 anos, passou por isso até pra comprar ingresso para um jogo de futebol. O site não aceitava o ano de nascimento dele: 1941.
Etarismo, ou idadismo, se refere ao preconceito que a pessoa pode sofrer em função da idade.
A psicóloga Maria Cristina Hoffman diz que o etarismo afeta a saúde geral, pode causar depressão e levar a pessoa a desistir de sonhos e projetos.
O etarismo pode acontecer contra jovens, mas é mais comum contra pessoas mais velhas, diz Maria Cristina.
Em resposta ao caso da universitária de mais de 40 anos que sofreu etarismo, uma corrente se formou nas redes sociais em apoio a ela. Vários relatos de estudantes com mais de 40 e 50 anos mostram que não existe idade para seguir estudando.
Na verdade, continuar os estudos na maturidade pode trazer benefícios como se manter ativo, estimular a memória e o raciocínio, abrir novas possibilidades de trabalho e realização pessoal, realizar um sonho antigo ou trocar de profissão.